Após anos de marasmo, as esmagadoras de soja voltaram a anunciar projetos de fábricas para o país. Essa retomada reflete um mercado superaquecido e com preços internacionais e domésticos em alta.
Ainda que as cotações da soja em grão tenham alcançado máximas históricas na bolsa de Chicago e se mantenham nesse nível, o óleo subiu ainda mais - 100% em um ano, segundo o Valor Data - com as boas perspectivas para o mercado global de biocombustíveis. Para justificar o processamento, é preciso demanda para o farelo - que representa 80% do resultado do processamento - e ela voltou a aumentar com as boas vendas de carnes para o revigorado mercado doméstico e para embarques.
Das três novas fábricas projetadas, a do Grupo André Maggi, em Lucas do Rio Verde (MT), já está aquecendo as caldeiras. Orçado em cerca de R$ 130 milhões, o projeto elevará a capacidade de processamento da empresa em 3 mil toneladas por dia, para cerca de 6,5 mil. A gigante americana Cargill investe R$ 210 milhões na construção de uma esmagadora em Primavera do Leste (MT), com capacidade para 3 mil toneladas diárias. A Bunge construirá em Nova Mutum (MT) sua segunda unidade no Estado e nona no país.
Patrick Cruz e Fernando Lopes